Capa

Com Di Grassi otimista, Fórmula E estreia no 18º país em sete temporadas

21.04.2021  |    676 visualizações

Na Espanha, Lucas acredita em bom resultado: "Aqui tudo é possível"

A Fórmula E estreou em 2014 com uma corrida em Pequim, na China. Na época, a competição se equilibrava em um orçamento insuficiente e estava longe de conquistar o status de campeonato mundial. Sendo um torneio com raízes e as principais bases fincadas em território europeu, o fato de ter escolhido iniciar sua trajetória em um país longínquo já sinalizava, naquela época, o caráter ambicioso do projeto. Sete anos mais tarde, tudo mudou e o agora Campeonato Mundial se prepara para desbravar uma nova fronteira com a realização no próximo final de semana da 5ª e a 6ª etapas de 2021 no circuito de Valência, na Espanha.
O histórico da Fórmula E passa a registrar 18 países e, ao correr em território espanhol, a categoria estampa em seu passaporte o carimbo de uma das nações mais apaixonadas pelo esporte a motor em todo o mundo – incluindo aí o motociclismo, como mostram os muitos feitos e heróis da Espanha na MotoGP e no Mundial de Superbike, por exemplo. Além dos campeões mundiais Fernando Alonso e Carlos Sainz, respectivamente na Fórmula 1 e nos ralis.  
“Uma coisa é certa: teremos muito apoio do público local, pois os espanhóis são apaixonados por corrida. Pena que estamos em plena pandemia, mas certamente teremos muitas manifestações de torcedores e fãs, especialmente nas redes sociais e com certeza na audiência das transmissões”, diz o brasileiro Lucas Di Grassi, que defende a equipe Audi Sport SBT Schaeffler.

Novo traçado - “Embora a categoria venha correr pela primeira vez aqui, a Fórmula E já realiza testes em Valência desde 2018. A principal diferença é que usaremos um traçado modificado, para adicionar um pouco mais de desafio para todos. Haverá uma chicane estreita no começo da reta principal e uma combinação adicional de curvas na saída da reta oposta – e tudo isso vai garantir mais emoção nas corridas”, conta o brasileiro, campeão da categoria em 2017, referindo-se ao traçado de 3,37km a ser usado em Valência.
Di Grassi vem de um final de semana repleto de emoções conflitantes em Roma, Itália, onde a categoria realizou a terceira e quarta etapas no final de semana anterior. Líder e com um carro competitivo na primeira corrida, Lucas viu a vitória escapar faltando somente cinco voltas, devido a uma falha no sistema de transmissão. Na prova complementar, Lucas largou em 13º e tinha o pódio como possibilidade real. O brasileiro já era o oitavo na oitava volta mas levou uma batida por trás e foi jogado contra o muro.

Montanha russa - “Foi um final de semana meio no estilo montanha russa, com as emoções indo de cima a baixo em cada corrida. Mas ficou o otimismo com o carro, que, apesar da quebra, provou ser competitivo”, diz ele. “Ainda há muita coisa pra acontecer no campeonato, nenhum piloto disparou na classificação. Então está tudo em aberto ainda. Aqui, tudo é possível”, finaliza Di Grassi. A liderança do campeonato é do inglês Sam Bird (Jaguar), com 43 pontos.



 

Leia também...
04.11.2021

Ação aconteceu no DTM, maior competição de carros do tipo Turismo da Europa

21.09.2021

Equipe alemã oferece corridas como "presente de despedida" para o brasileiro

15.09.2021

Equipe do vice-campeão Edoardo Mortara tem um carro veloz e confiável

15.09.2021

A edição desta terça-feira foi inteiramente dedicada ao piloto. Assista no link abaixo